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Seguro para quem aprecia e trabalha com vinhos, a milenar bebida alcoólica produzida a partir da fermentação do sumo das uvas.

Misteriosa, bela, aromática. Assim é o vinho, cuja história remonta a aproximadamente 6.000 a.C.. Mesmo quem não conhece profundamente o universo dos vinhos, sabe que existe uma imensa variedade de tipos, sabores e preços. Alguns rótulos, de safras especiais, podem custar milhares de reais. Quebrar ou danificar uma garrafa destas pode ser um enorme prejuízo. Além disso, por sua natureza orgânica e o complexo processo de fabricação, o vinho exige cuidados desde o armazenamento até o consumo, para evitar sua deterioração e perda da qualidade.

Para restaurantes e empresas que comercializam o produto é fundamental evitar grandes perdas financeiras com possíveis danos ao precioso líquido. Idem para indivíduos que mantem uma coleção de qualidade, mesmo que pequena, para consumo próprio.

Fora do Brasil existem seguros voltados exclusivamente para vinhos, como o seguro Vinhos e Azeites oferecido pela seguradora Allianz em Portugal, que cobre todo o processo produtivo, desde o embalamento e o armazenamento dos produtos, passando pela proteção contra o eventual derrame em cubas e garrafas. Nos Estados Unidos também existe uma proteção específica para a bebida.

No Brasil, não há um produto especifico para vinhos. Bruno Kelly, sócio da Correcta Seguros, explica que, tecnicamente, a cobertura de garrafas de vinho estaria protegida pela categoria de Riscos Diversos – que atende necessidades específicas, não cobertas pelos ramos tradicionais do seguro – e que quem quiser cobrir sua coleção de vinhos mantida em casa, por exemplo, pode fazer isso através do seguro residencial. Já no caso de uma vinícola, todo o parque industrial e o estoque estariam cobertos por um seguro patrimonial.

“Um seguro residencial, por exemplo, pode cobrir o roubo de garrafas de vinho, a perda das mesmas por causa de um incêndio ou a quebra, dependendo da causa. Mas esta apólice não irá cobrir a perda do líquido causada por temperaturas inadequadas, no caso de uma queda de energia, que prejudique a climatização de uma adega, por exemplo”, diz Jennifer Foley, da Assurance Agency, de Chicago (EUA).

Ela explica ainda como saber se sua adega está adequadamente coberta. “Se suas garrafas ficam armazenadas em áreas sujeitas a fenômenos climáticos, como terremotos, vendavais, enchentes, em locais com temperaturas extremas ou em galpões e armazéns, você precisa fazer um seguro para elas”, alerta.

Foi o que aconteceu em 2014 em Napa Valley, na Califórnia (EUA) – famosa região produtora de vinhos, onde estão instaladas mais de 600 vinícolas –, quando um terremoto causou perdas de milhões de dólares com a destruição de milhares de garrafas em apenas alguns minutos.

Danos em adegas domésticas

O blog Vinfolio explica quando vale a pena fazer um seguro para a adega: “se você gasta mais de 10% da sua renda mensal aumentando sua coleção de vinhos, você deve contratar um seguro”. Ainda que você seja apenas um fervoroso apreciador da bebida e sua paixão virou uma grande coleção armazenada em casa, considerar a contratação de um seguro para seus vinhos pode evitar um grande prejuízo e a perda dos seus preciosos bens. Segundo o blog, as adegas caseiras são mais difíceis de serem mantidas e cerca de 75% das indenizações pagas nos seguros de vinhos são referentes a danos causados a coleções caseiras.

Outro aspecto é que algumas seguradoras possuem um valor limite para oferecer cobertura para este produto, o que pode ser um problema para quem possui grandes coleções ou garrafas muito raras e preciosas. Neste caso, o indicado seria uma cobertura garrafa a garrafa.

Dicas para proteger suas garrafas

Veja abaixo algumas dicas sobre como proteger suas garrafas de vinho:

• Mantenha um inventário: Conheça exatamente o que você possui na sua adega. Faça uma lista com as principais informações de sua coleção, como nome e ano da safra. Essa listagem será importante na hora de consultar um corretor para pedir uma cotação.
• Atualize seu inventário periodicamente: Depois de listar as garrafas que você possui, não deixe de atualizá-lo sempre que fizer novas aquisições. Se você já possui um seguro residencial que inclui sua adega, não deixe atualizar seu corretor sobre as novas garrafas que tenha adquirido.
• Pesquise: Se você já possui um seguro residencial, pergunte a seu corretor sobre a possibilidade de incluir sua coleção na apólice. Se não tiver, peça pelo menos três cotações e avalie as condições de cada uma para saber a que melhor irá atender suas necessidades. Peça informações completas para o seu corretor e não deixe de perguntar sobre exclusões.

Uma oportunidade para o mercado

Para Bruno Kelly, o fato de não haver um seguro específico para vinhos disponível no mercado brasileiro, indica mais uma nova oportunidade de negócio no país. “Deve-se ressaltar que o setor de seguros está se desenvolvendo bastante. A abertura do Resseguro abriu portas e permitiu a importação de ‘tecnologia’ na gestão de riscos. Não duvido que em breve alguém apresente uma parceria a alguma dessas seguradoras multinacionais e tente lançar algo nessa linha por aqui”, diz esperançoso.

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