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Genebra Seguros
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FRANKFURT (Reuters) – A empresa alemã Allianz estimou que as companhias de seguros terão que pagar 300 milhões de dólares em indenizações e custos relacionados à queda do avião da Germanwings na semana passada nos Alpes franceses, disseram fontes da indústria nesta segunda-feira.
A cifra serve como uma primeira orientação para um grupo de mais de 30 seguradoras que compartilham o ônus financeiro causado pelo acidente, que se acredita ter sido causado deliberadamente pelo copiloto da aeronave.
A estimativa inicial representa cerca de 20 por cento do cerca de 1,5 bilhão de dólares em prêmios pagos às seguradoras por companhias aéreas de todo mundo. A estimativa inclui a perda da aeronave, orçada em cerca de 6,5 milhões de dólares, os esforços de resgate e recuperação, os custos legais e a identificação dos familiares dos passageiros.
As seguradoras costumam fazer estimativas conservadoras, levando em consideração o máximo de gastos possíveis, baseadas em informações já disponíveis e experiências anteriores.
“Ainda é muito cedo, então a cifra pode subir ou baixar”, disse um representante de uma seguradora familiar com a situação, afirmando também que as companhias de seguro estavam obrigadas legalmente a divulgar estimativas.
“É uma decisão da Allianz, já que é a principal seguradora”, disse a fonte sobre o montante de 300 milhões de dólares, que também foi noticiado pelo The Insurance Insider, jornal especializado no setor.
Pedidos de pagamento de seguro para as famílias dos 144 passageiros devem representar a maior parte dos custos. Em geral, as seguradoras tentam resolver os pedidos sem a necessidade de abertura de um processo judicial, embora as avaliações possam levar meses.
A Lufthansa disse na sexta-feira ter oferecido pagar até 50 mil euros (54,115 dólares) em auxílio financeiro imediato aos familiares de cada passageiro.
Dados sobre a cobertura compartilhada entre seguradoras, fornecidas por uma fonte da indústria de seguros, mostraram que a Allianz possui 10 por cento de participação na quantia a ser paga, enquanto o American International Group tem 11 por cento e a Swiss Re, 7 por cento.
A Allianz, que afirmou ser a líder entre as seguradoras, não quis comentar, assim como a AIG. A Swiis Re também não quis se pronunciar sobre o caso, mas disse que a Germanwings e sua proprietária, a Lufthansa, estavam em sua carteira de clientes.
As companhias de seguro costumam se preparar para receber apoio financeiro adicional de companhias de resseguro em caso de grandes perdas. A agência de rating especializada em seguros A.M. Best disse que as perdas relacionadas ao caso Germanwings seriam também absorvidas pelo mercado de negociação de seguros Lloyd’s.