Desempenho Econômico para 2020
No início do ano projetamos como seria o desempenho econômico para 2020. Conforme apontado na última carta de conjuntura, este é o exercício que devemos realizar para balizar nossas decisões. Evidentemente, não se trata de uma pergunta com apenas uma resposta, tampouco “certeira”, uma vez que depende de muitos condicionantes, que podem alterar as expectativas e, consequentemente, o desempenho econômico para 2020. O caso do coronavírus é um exemplo disso. Como não sabemos (exatamente) quais os seus impactos sobre a economia, criamos uma expectativa negativa sobre o comportamento futuro. Isso pode ser explicado pela restrição no fluxo de pessoas em cidades importantes da China. Logo, é natural esperar uma queda no volume do comércio, serviços e, consequentemente, no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.
Para o Brasil, pode representar uma diminuição no volume de exportação na medida em que aquele país é o nosso principal parceiro comercial. Nesse sentido, tentar construir um cenário vindouro não é uma tarefa simples, muito menos precisa. De todo modo, empregamos alguns indicadores que auxiliam na construção de cenários futuros, os quais compartilhamos com os leitores nesta terceira carta de conjuntura.
Conforme mostramos na edição anterior, o mercado projeta um crescimento maior para este ano do que para 2019. Isso pode ser explicado, em parte, pelo desempenho dos indicadores antecedentes. Como o próprio nome diz, o seu comportamento antecede o movimento da economia, ou seja, quando o indicador começa a crescer no primeiro trimestre do ano, outros setores da economia também começam a crescer, porém nos trimestres seguintes. Um exemplo de indicador antecedente é a produção de papelão. Pela sua natureza, historicamente, o papelão antecipa […]