Seguro deve ter expansão real de 6% neste ano, prevê Susep
O mercado de seguros brasileiro deve deixar para trás os “níveis eufóricos” de crescimento conquistados nos últimos anos como reflexo da desaceleração que o Brasil atravessa, na opinião do superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Roberto Westenberger.
Ainda que o segmento tenha baixa participação no Produto Interno Bruto (PIB), com a economia em crise, sua expansão neste ano será, conforme ele, “muito mais modesta”, de cerca de 6% em termos reais (descontando a inflação).
“Nosso Produto Interno Bruto (PIB) está andando de lado. Devemos crescer, em termos reais, abaixo de dois dígitos, em torno de 6%. É uma performance ainda a se comemorar e comprova a tese de que o mercado de seguros está preenchendo um gap histórico no Brasil”, avalia ele, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
De janeiro a junho, de acordo com Westenberger, o mercado de seguros brasileiro cresceu em torno de 14% em termos nominais e entre 6% e 7% em números reais, acompanhando a retração da economia local.
Esse patamar de expansão deve ser mantido na segunda metade do ano, conforme o superintendente, em meio às oportunidades para o segmento avançar em áreas poucos exploradas. Contribui ainda o fato de o período ser tradicionalmente mais forte, impulsionado, principalmente, por maiores contribuições de planos de previdência privada.
Para Westenberger, crescimento é a principal tendência para o mercado de seguros brasileiro. Tal expansão, porém, tem de ser, na visão dele, voltada ao preenchimento das necessidades atuais da sociedade, com soluções securitárias para a área de infraestrutura, que garantam a aposentadoria das pessoas e protejam a baixa renda de infortúnios.