Author
Genebra Seguros
Share
Mudanças climáticas afetam setor agrícola devido a eventos extremos que prejudicam as lavouras. O seguro rural oferece proteção financeira aos produtores e pode garantir a continuidade da produção em cenários adversos.
As mudanças climáticas têm se tornado um desafio para o setor agrícola, principalmente por conta de sua crescente imprevisibilidade. Tal fato é prejudicial a diferentes etapas do cultivo, uma vez que, de modo geral, as técnicas de plantio funcionam de forma consoante a padrões climáticos.
Há anos o Brasil vem sofrendo com secas prolongadas, enchentes por excesso de chuva, contaminação de recursos naturais – o solo, o ar e a água –, queimadas e outros. Os impactos desses fenômenos na agricultura são inúmeros. As secas, por exemplo, podem impossibilitar a germinação de sementes, enquanto as enchentes podem chegar a destruir uma plantação. Vendavais, chuvas irregulares e geadas fora de época são outras ocorrências que podem afetar de maneira grave o cultivo.
Entretanto, as mudanças climáticas não afetam apenas a produção em si, mas também a qualidade dos produtos e o custo da produção. Além disso, tais eventos aumentam significativamente a necessidade de tecnologias de mitigação, como irrigação, drenagem e insumos especiais.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a frequência e a intensidade desses eventos extremos devem aumentar nos próximos anos. Nesse contexto, o seguro rural desponta como uma ferramenta de suma importância para proteger os produtores contra os riscos climáticos. Essa proteção oferece uma rede de segurança financeira àqueles que dependem da terra para seu sustento.
O seguro rural como proteção frente a desastres ambientais
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, e o impacto das mudanças climáticas no país já é evidente. As secas no Centro-Oeste e no Nordeste afetam a produção de grãos e a pecuária, enquanto o excesso de chuvas no Sul prejudica culturas como soja, milho e trigo. A oscilação de temperaturas tem gerado geadas inesperadas, como as ocorridas em 2021 e 2022, que, junto à seca, devastou lavouras de café e cana-de-açúcar.
O seguro rural surge como uma ferramenta de grande utilidade diante desse cenário de instabilidade climática. O produto visa proteger agricultores e pecuaristas dos impactos financeiros gerados por essas mudanças. Seu objetivo é garantir ao produtor rural uma compensação financeira em caso de perdas causadas por eventos climáticos adversos. Sendo assim, caso ocorra uma tragédia, o seguro ajuda a manter a viabilidade econômica das propriedades e assegura a continuidade da produção.
Patrícia Costa, Assistente Técnica da Genebra Seguros, afirma que esse tipo de seguro “oferece uma grande segurança financeira para o produtor, em todas as atividades, patrimônio e sua vida”. Ela ainda acrescenta que em quase todos os casos “há vigente um financiamento através das instituições financeiras; por isso, há a necessidade do seguro penhor rural, para que seu investimento seja preservado em caso de perdas ou danos causados por eventos climáticos adversos”.
No Brasil, esse tipo de seguro tem sido incentivado pelo governo por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que subsidia parte dos prêmios pagos pelos produtores. Esse programa é fundamental para tornar o seguro mais acessível, especialmente para pequenos e médios produtores, que são os mais vulneráveis às perdas climáticas.
Como funciona o seguro rural
Patrícia Costa explica que este “é um contrato firmado entre o produtor rural (cliente) e a seguradora. O contrato garante a proteção do produtor rural e consequentemente de suas perdas financeiras, decorrentes de eventos climáticos ou acidentes com maquinários agrícolas. Dentre as etapas do seguro, o primeiro passo é a identificação do risco, analisando como a produção pode ser afetada no todo. Após essa análise, o produtor rural realiza algumas cotações e escolhe a apólice que mais atenda a suas necessidades.”
Além da proteção contra danos causados às lavouras, há também seguros específicos para a pecuária e florestas plantadas. O seguro rural possui as seguintes modalidades:
- – seguro agrícola
- – seguro pecuário
- – seguro aquícola
- – seguro de benfeitorias e produtos agropecuários
- – seguro de penhor rural
- – seguro de florestas
- – seguro de vida do produtor rural
- – seguro de cédula do produto rural
O seguro agrícola trata-se da modalidade do seguro rural mais comercializada no Brasil, sendo indicada para produtores rurais e empresas de todos os tamanhos. O governo oferece uma subvenção para pequenos produtores, de modo a tornar os custos menores.
Segundo a Assistente Técnica da Genebra Seguros, “a seguradora avalia o risco e define o prêmio (custo do seguro), que o produtor deverá pagar com base nas informações repassadas na proposta/apólice. Em caso de sinistro (evento coberto pela seguradora), o produtor aciona os canais de atendimento, e logo envia-se um perito/vistoriador para analisar a causa, as perdas e os danos do evento. Se confirmado, o produtor receberá o valor da indenização para cobrir as perdas. A indenização é paga de acordo com cada seguradora e suas condições gerais, desta forma ajudando o produtor a recuperar parte ou todo seu investimento.”
Proteção e estabilidade garantidas
Nas palavras de Patrícia, “o seguro rural é essencial para a proteção dos agricultores e suas atividades, evitando impactos financeiros decorrentes dos desastres ambientais, garantindo a produção agrícola e contribuindo para a estabilidade econômica e segurança alimentar.”
Para contratá-lo, o primeiro passo é solicitar uma cotação.
Gostaria de parabenizar pela excelente matéria publicada sobre seguro rural. A profundidade e clareza das informações abordadas são de extrema importância para todos os envolvidos no setor. É fundamental trazer à tona temas tão relevantes, e sua equipe (Sra. Patrícia Costa) fez isso com maestria.
Agradeço também pelo compromisso com a qualidade da informação. Continuem com o ótimo trabalho!